Às vésperas de a Organização dos Estados Americanos (OEA) discutir o conflito entre a Venezuela e a Colômbia, o embaixador do Equador no órgão e presidente do Conselho Pernamente da instituição, Francisco Proaño Arandi, renunciou o cargo.
A decisão ocorreu pouco depois de o governo equatoriano solicitar ao comando da OEA a suspensão da sessão extraordinária, convocada para amanhã (22/7) de manhã, em Washington, nos Estados Unidos.
As informações são dos governos do Equador e da Venezuela, além da OEA. Depois da renúncia de Arandi, foi nomeada a embaixadora María Isabel Salvador para desempenhar a função de representante do Equador e também presidente do Conselho Permanente no órgão.
O conselho é formado por embaixadores nomeados pelos Estados-membros da organização, cada um tem direito a um voto e posicionam-se sobre as orientações relativas a políticas e ações dos integrantes da OEA.
Atendendo à solicitação do governo da Colômbia, a OEA faz amanhã uma sessão extraordinária para discutir a informação de que há líderes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e do Exército da Libertação Nacional (ELN) em terrttório venezuelano.
As autoridades colombianas prometem apresentar fatos concretos e querem a cooperação da comunidade internacional no combate ao narcotráfico e aos grupos terroristas.
A Venezuela negou todas as informações da Colômbia. Para o governo do presidente venezuelano Hugo Chávez, as denúncias do presidente colombiano, Álvaro Uribe, põem em risco as relações entre os dois países.
Há cerca de dois anos, as relações entre a Venezuela e a Colômbia também ficaram estremecidas. Chávez apoiou o presidente do Equador, Rafael Correa, em um conflito com Uribe por causa do combate à ação das Farc. Em março de 2008, foi deflagrada a crise diplomática entre o Equador, a Colômbia e a Venezuela. O estopim foi um conflito armado em território equatoriano.
No ataque foi morto o número dois das Farc, Raúl Reyes. Na ocasião foram confirmadas pelo governo colombiano as mortes de mais 16 homens.