O conselho municipal da cidade de Oakland, na Califórnia (oeste dos Estados Unidos), aprovou um plano que permitirá o cultivo, o processamento e a comercialização da maconha em escala industrial, informou nesta quarta-feira (21/7) uma fonte do município.
"A medida foi aprovada em primeira instância, na noite de terça-feira, por cinco votos a dois e uma abstenção", confirmou à AFP Crystal Bing, escrivã do conselho municipal de Oakland. Bing informou que a aprovação definitiva ocorrerá em 27 de julho para entrar em vigor em 1; de janeiro de 2011.
A aprovação dessas medidas foi realizada em meio a uma discussão na qual os defensores da erva ressaltaram as eventuais taxas e empregos resultantes da produção maciça da canabis.
"É muito importante para Oakland fazer parte essencial do crescimento e do desenvolvimento das fazendas de plantio (de maconha) licenciadas", disse a vereadora Rebecca Kaplan ao jornal San Francisco Chronicle.
O plano de Oakland foi adotado ante o repúdio dos pequenos plantadores da erva, que temem perder o negócio diante dessas medidas destinadas a uma industrialização em grande escala da maconha.
Mas o jornal The San Francisco Chronicle informou que os vereadores prometeram para o fim deste ano aprovar medidas orientadas aos produtores pequenos e médios de canabis.
Os californianos votarão, em novembro, uma iniciativa para legalizar a maconha, que permitiria a condados e cidades do estado adotar medidas para autorizar o cultivo, o transporte e a venda da erva, bem como para taxar o consumo com impostos similares aos do tabaco e do álcool.
Também busca legalizar o consumo da maconha com fins recreativos na Califórnia, onde o uso para fins medicinais é legal há 14 anos.
Segundo o projeto de lei, as pessoas maiores de 21 anos ou mais poderão ter até uma onça (28 gramas) de maconha para uso pessoal. A posse de uma onça ou menos de maconha é um crime menor com multas de US$ 100 desde 1975, quando foi aprovada uma lei que reduziu as penas mais duras.
A iniciativa também permitiria aos adultos cultivar até dois metros quadrados de canabis por casa ou parcela.