A Suprema Corte da Guiné confirmou, nesta terça-feira (20/7), que o ex-primeiro-ministro Cellou Dalein Diallo e o histórico rival, Alpha Condé, disputarão o segundo turno das eleições presidenciais, após terem somado, respectivamente, 43,69% e 18,25% dos votos em 27 de junho, segundo resultados definitivos.
"O candidato Cellou Dalein Diallo, apresentado pelo partido UFDG, e o candidato Alpha Condé, apresentado pelo partido RPG, disputarão o segundo turno das eleições presidenciais", declarou o presidente da Suprema Corte, Mamadou Sylla.
No total, 24 candidatos - todos civis - apresentaram candidaturas para a corrida presidencial no país do oeste da África, marcado por meio século de ditaduras.
A Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI) deve agora marcar uma data para o segundo turno.
A taxa de participação, que era de 77% segundo resultados parciais, caiu para 52%, segundo resultados definitivos, devido às irregularidades e à invalidação de votos.
Em 27 de junho, mais de 3 milhões de guineanos participaram do primeiro turno dessas eleições históricas, consideradas as primeiras presidenciais livres desde a independência do país, em 1958, após uma alternância de ditaduras, civis e militares.
A Guiné, ex-colônia francesa independente em 1958, esteve primeiro dirigida por um civil, Ahmed Sekou Touré, durante 26 anos. Depois, viveu 25 anos de regime militar, com o general Lansana Conté (1984-2008) e uma junta chefiada pelo capitão Moussa Dadis Camara (2008-2009).
Essa eleição deve por um fim à transição de seis meses e dar poder aos civis.