O presidente boliviano, Evo Morales, promulgou nesta segunda-feira (19/7) uma inédita lei de autonomias que regulará o funcionamento de nove estados, 36 povoados indígenas e mais de 300 municipalidades, em meio a críticas de partidos e regiões opositoras.
"Aqueles que se opõem a essas normas são retrógrados, conservadores ou simples reformistas e aqui estamos para fazer uma revolução democrática e cultural", afirmou Morales em discurso na residência oficial, depois de assinar a nova lei.
O presidente respondeu nesses termos às críticas que surgiram contra a nova lei de governos autônomos, aprovada no fim de semana no Congresso, enquanto regiões e partidos da oposição e alguns setores indígenas a consideraram contrária aos interesses.
O artigo mais criticado é um que viabiliza a destituição de autoridades eleitas de forma sumária, com a simples acusação do procurador, sem esperar a decisão do juiz, por qualquer suposto ato de corrupção no exercício das funções.
A oposição anunciou protestos contra a lei, principalmente nos departamentos direitistas de Beni, Santa Cruz e Tarija.