Uma corte dos Estados Unidos concordou em libertar, sob fiança, o magnata da mídia Conrad Black, condenado por fraude contra acionistas, enquanto espera o resultado da apelação a uma pena de seis anos e meio de prisão, imposta em 2007.
"Garante-se a fiança ao apelante Conrad M. Black até que se disponha a apelação nesta corte", destacou uma ordem do tribunal, sem dar maiores detalhes, depois de uma decisão da Suprema Corte de Justiça, no mês passado, que permitiu a Black apelar da condenação por fraude multimilionário.
A ordem acrescentou que os termos da libertação de Black serão fixados pela corte do distrito de Chicago, que atende o caso e ainda não está claro o momento da libertação.
Black começou a cumprir pena em março de 2008, após ser condenado por esvaziar os cofres do império jornalístico, Hollinger, e tentar encobrir o crime.
Mas a Suprema Corte abriu o caminho para a apelação e libertação de Black ao decidir, no mês passado, que a lei de 1998 pela qual foi condenado havia sido interpretada de forma demasiado ampla.
Essa lei é a ferramenta favorita dos promotores contra crimes do colarinho branco precisamente pela linguagem ampla, mas a máxima instância judicial determinou que só pode ser aplicada estritamente em casos que envolvam suborno ou aliciamento.
Black chefiava o terceiro império de mídia do mundo, encarregado de jornais como o britânico Daily Telegraph e o Chicago Sun-Times.