Sergei Tretyakov, um ex-espião russo de alto escalão, que deixou a Rússia para se refugiar nos Estados Unidos, morreu aos 53 anos e foi enterrado, informou nesta sexta-feira (9/7) sua esposa e um amigo.
Em uma rara coincidência, sua morte, ocorrida há mais de um mês, foi anunciada no mesmo dia em que a Rússia e os Estados Unidos concluíram a maior troca de espiões entre os dois países desde a Guerra Fria.
Tretyakov, que desertou para se refugiar nos Estados Unidos em outubro do ano 2000, após cinco anos à frente das operações de espionagem russas nas Nações Unidas, morreu em sua residência, em 13 de junho, vítima de um ataque cardíaco, escreveu seu amigo, Pete Earley, em seu blog.
"Sergei era chamado de ;o espião mais importante dos Estados Unidos desde a queda da União Soviética; por um responsável do FBI (polícia federal americana) no meu livro", disse Earley falando de uma biografia que publicou em 2008.
Tretyakov foi enterrado em um funeral privado, três dias depois de sua morte. Nove dias depois de seu falecido, mais de 200 pessoas, entre amigos, vizinhos e colegas que trabalharam com ele nos Estados Unidos, assistiram a uma cerimônia privada, conforme a tradição ortodoxa russa, contou Earley.
Esta sexta-feira, dez espiões russos detidos em uma operação do FBI, foram deportados dos Estados Unidos para Viena, onde foram trocados por quatro espiões americanos libertados por Moscou.
A viúva de Tretyakov, Helen, disse à rádio WTOP de Washington que seu marido não estava a par da iminente prisão de dez agentes secretos que trabalhavam para a Rússia.