Brasília ; Promotores da Justiça Militar de Israel anunciaram nesta terça-feira (6/7) que os militares, alguns de patentes elevadas, que participaram de ofensiva na Faixa de Gaza entre 2008 e 2009, serão indiciados. Na lista, está um atirador suspeito pelo suposto homicídio culposo de uma palestina desarmada que integrava um grupo que mostrava bandeiras brancas no momento do ataque. As informações da agência de notícias BBC Brasil.
A Organização das Nações Unidas (ONU), na época, informou que 1,3 mil palestinos foram mortos. Entre os israelenses, a baixa foi de 20 mortos. O governo de Israel afirmou que as ações ; que incluíram bombardeios de áreas habitadas ; foram uma reação às atividades de militantes, que disparavam foguetes de Gaza em direção a Israel.
A campanha militar foi criticada internacionalmente e um relatório endossado pela ONU, chamado Goldstone, acusou Israel de uso desproporcional da força. A versão foi rejeitada pelo governo de Israel.
[SAIBAMAIS]Em comunicado oficial divulgado hoje (6), o Exército informou que o incidente no qual o soldado israelense supostamente disparou contra as palestinas desarmadas se assemelha a um caso descrito no Relatório Goldstone. Mas acrescentou que foi "impossível" estabelecer "conexões suficientes" entre o depoimento de uma testemunha palestina e o testemunho dado pelos soldados israelenses.
"Depois de receber os depoimentos, o advogado-geral militar ordenou que um sargento seja indiciado sob acusação de homicídio culposo pela Justiça Militar", informou o Exército Israelense. "Esta decisão é baseada em provas de que o soldado, que estava servindo como atirador, deliberadamente atingiu um indivíduo ; isto andando com um grupo de pessoas que agitavam uma bandeira branca, sem receber ordens ou autorização para fazer isso", acrescentou o Exército, na nota.