As regiões mais turísticas da Flórida, como os keys do sul e as praias de Miami e Fort Lauderdale, têm altas chances de serem alcançadas pelo derramamento de petróleo no Golfo do México, informou a agência oceânica dos EUA (NOAA) nesta sexta-feira (2/7).
Um estudo da NOAA sobre o impacto a longo prazo do derramamento de petróleo nas costas afirma que a Corrente do Golfo, que corre ao sul da zona do derrame e se dirige ao extremo da península da Flórida e à costa Atlântica americana, levaria partes do vazamento até Miami.
A maior parte da costa oeste da Flórida, sobre o Golfo, tem entre menos de 1 a 20% de possibilidades de ser afetada pelo derramamento, diferente das ilhas e keys do sul da península, e das áreas de Miami e Fort Lauderdale, onde o risco é de 61 a 80%, segundo um estudo da NOAA.
O organismo indica, de qualquer modo, que não chegarão a essas regiões manchas de petróleo na superfície, já que o petróleo terá passado um bom tempo no oceano e estará altamente degradado e disperso, e possivelmente seja observado em forma de bolas de alcatrão.
A chegada de petróleo às costas dependerá principalmente dos ventos e das correntes oceânicas, explica o estudo.
"Este trabalho da NOAA mostra até onde poderia viajar o petróleo, e os potenciais impactos às costas dos estados e das comunidades", disse Jane Lubchenco, diretora da NOAA.
A análise toma como base um derramamento de petróleo durante 90 dias, com uma perda diária média de 33 mil barris, indicou a NOAA.
Estima-se que entre 1,6 e 3,6 milhões de barris de petróleo tenham sido derramados no Golfo do México desde que uma plataforma petrolífera da companhia britânica BP explodiu, no dia 20 de abril, causando a morte de 11 trabalhadores no maior acidente ambiental na história dos Estados Unidos.