Brasília - A Organização Internacional para as Migrações (OIM) suspendeu nesta sexta-feira (2/6) a transferência de mais de 260 famílias haitianas porque o proprietário do terreno para onde as pessoas seriam levadas contratou grupos armados para evitar a instalação. Lentamente, as Nações Unidas tentam retirar as famílias que estão abrigadas nos campos provisórios para locais definitivos. As informações são da Organização das Nações Unidas (ONU).
O porta-voz da OIM, Jared Bloch, afirmou que são insalubres as condições de quem vive como refugiado em um campo de futebol alagado. Por esta razão, a reinstalação das famílias é prioridade para a OIM. ;Neste bairro, as mulheres lavam roupas em um córrego lamacento e usam a água de bueiro. Houve casos de infecções da pele e malária;, disse Bloch.
Segundo ele, os esforços são para ajudar os deslocados a voltar para o lugar onde estava as antigas casas. A OIM alertou para a urgência de resolver as disputas sobre a propriedade da terra porque as condições de vida das pessoas em assentamentos temporários tendem a piorar com as chuvas de verão.
Desde 12 de janeiro de 2010, quando houve o terremoto de 7 graus na escala Richter no Haiti foram registrados 222 mil mortes. Cerca de 1,3 milhão de pessoas tiveram as casas atingidas pelos tremores de terra. O Brasil e vários países ajudaram o governo do Haiti na reconstrução. Houve envio de hospitais de campanha, alimentos, material de primeiros-socorros e roupas.