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Metrô de Madri paralisado por uma greve total

Uma greve dos trabalhadores do metrô de Madri paralisou o sistema de transportes da cidade nesta terça-feira (29/6), forçando milhares de moradores e turistas a encontrar outros meios para chegar ao trabalho ou ao aeroporto.

Desta vez, os funcionários do metrô não realizaram os serviços básicos, como ocorreu no primeiro dia de greve, na segunda-feira, quando em torno de 50% dos trens operaram.

Os trabalhadores protestam contra um corte de em torno de 5% nos salários do funcionalismo, parte das rígidas medidas de austeridade adotadas no mês passado pelo governo socialista espanhol.

Muitos ônibus estavam lotados além da capacidade, e os táxis aumentaram seu movimento.

A mídia espanhola afirma que é a primeira vez desde 1991 que uma greve dessas proporções paralisa o metrô, utilizado por em torno de 2 milhões de passageiros diariamente.

O metrô é o meio mais barato e mais rápido para chegar ao aeroporto Bajaras de Madri, e a companhia aérea Iberia recomendou os passageiros encontrar outros meios de transporte para não perder seus voos.

Os sindicatos também confirmaram que os 7.500 funcionários do metrô continuariam o protesto pelo terceiro dia nesta quarta-feira.

Os dois principais sindicatos da Espanha convocaram uma greve geral de 24 horas para 29 de setembro para protestar contra os cortes do governo, que têm como objetivo reduzir o déficit público, e um plano de reforma trabalhista.

Paralelamente, trabalhadores aderiram a uma greve geral no País Basco nesta terça-feira para protestar contra as reformas trabalhistas.

O governo socialista informou que a greve contou com a adesão de menos de 10% dos trabalhadores do setor público.

Os sindicatos locais informaram que a adesão girou em torno de 19% a 25% dos trabalhadores do setor privado.