A comissão pública criada por Israel para examinar os aspectos jurídicos do violento ataque de 31 de maio contra uma frota humanitária que pretendia romper o bloqueio a Gaza se reuniu nesta segunda-feira (28/6) pela primeira vez, informou seu porta-voz.
A sessão deve se dedicar a fixa o calendário e as questões de procedimento, segyndo porta-voz Ofer Lefler.
Esta comissão pública independente, composta por cinco membros, entre os quais dois observadores internacionais, é presidida por um juiz aposentado da Suprema Corte, Yaakov Tirkel.
Os dois participantes internacionais, que não têm direito a voto, são Lord Trimble, ex-primeiro-ministro protestante da Irlanda do Norte, e Ken Watkin, ex-advogado geral do exército canadense.
O mandato desta comissão, que Israel aceitou criar sob pressão dos Estados Unidos, é limitado e deverá determinar a validade, segundo o direito internacional, do bloqueio imposto por Israel à Faixa de Gaza e do ataque contra a frota de ajuda pró-palestina em águas internacionais, no qual morreram nove civis turcos.
O presidente Tirkel pode decidir excluir os observadores estrangeiros da comunicação de alguns documentos ou informações se "considerar que sua divulgação prejudicará a segurança nacional ou as relações diplomáticas" de Israel.
A comissão interrogará o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, o ministro da Defesa, Ehud Barak, e os outros cinco membros do "Foro de Sete Ministros" - que agrupa os principais membros do governo - que aprovou o ataque.