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Confrontos entre polociais e manifestantes palestinos em Jerusalém oriental

JERUSALÉM - Duzentos manifestantes palestinos entraram em confronto, na noite de domingo (27/6), com a polícia israelense, em um bairro predominantemente árabe de Jerusalém oriental, onde se planeja desenvolver um controverso projeto arqueológico, disse um porta-voz da polícia.

Os manifestantes lançaram bombas de fabricação caseira e pedras contra uma casa habitada por judeus, disse Micky Rosenfeld.

Guardas de uma empresa privada atiraram para o alto na tentativa de repelir os manifestantes antes que a polícia fosse chamada, acrescentou.

Seis policiais ficaram levemente feridos nos confrontos. O porta-voz não pôde precisar se houve vítimas entre os manifestantes.

Os confrontos ocorreram em Silwan, onde a administração municipal de Jerusalém deu luz verde para um controverso projeto arqueológico que prevê a destruição de residências palestinas.

A Comissão de Planejamento e Construção do município aprovou, em 22 de junho, um projeto denominado "o jardim do rei" (uma alusão aos jardins do rei Salomão), neste bairro onde se instalaram famílias de colonos judeus em meio a 12 mil palestinos.

O plano municipal prevê a destruição de 22 casas palestinas, construídas sem permissão israelense, enquanto outras 66 residências construídas sem permissão seriam legalizadas retroativamente.

O caso é ainda mais sensível na medida em que a comunidade internacional não reconhece a anexação israelense da parte oriental da Cidade Santa, ocupada pelo Estado hebreu desde junho de 1967.

Israel proclamou Jerusalém como sua capital "eterna e unificada", enquanto os palestinos querem que o setor oriental da cidade seja a capital de seu futuro Estado.