Treze dias depois que o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou uma série de sanções ao Irã, o governo iraniano enviará cartas de protesto aos 12 integrantes do órgão que votaram favoravelmente às medidas punitivas. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irã, Ramin Mehman-Parast, afirmou que as correspondências estão em fase de conclusão para serem encaminhadas.
[SAIBAMAIS]As informações são da agência oficial de notícias do Irã, a Irna. ;As cartas estão prontas e serão enviadas em breve para os países [que votaram a favor das sanções];, disse Ramin Mehman-Parast, em entrevista coletiva.
No último dia 9, o Conselho de Segurança aprovou um novo pacote de sanções ao Irã. Dos 15 países que compõem o órgão, 12 votaram favoravelmente, apenas Brasil e Turquia foram contrários e o Líbano se absteve. A maioria dos países acredita que o programa nuclear iraniano ameaça a comunidade internacional por esconder a produção de armas atômicas.
Votaram a favor das sanções e deverão receber a carta de protesto do Irã os Estados Unidos, a França, a Inglaterra, a Rússia e a China, que são membros permanentes do conselho. Também apoiaram as medidas restritivas a Bósnia-Herzegovina, o Gabão, a Nigéria, Áustria, o Japão, México, Líbano e Uganda, que são integrantes rotativos do órgão.
Pela quarta vez, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou uma série de medidas punitivas ao Irã na tentativa de forçar o governo iraniano a atender às definições do órgão e da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea). Mas o governo iraniano avisou que eventuais puniões seriam respondidas em tom de confrontação e não levariam a futuras negociações.
O pacote de sanções determina várias medidas de restrições ao Irã. As principais são aumentar a fiscalização aos carregamentos de exportação destinados ao Irã, suspender a venda de armas pesadas para os iranianos e fazer rigorosa inspeção nos navios com bandeira [do Irã]. Na última semana, os Estados Unidos e a União Europeia também aprovaram medidas extras de punição ao Irã.