Um em cada cinco ex-presos de Guantánamo que seguiram o programa de reabilitação instaurado pela Arábia Saudita para seus cidadãos que retornaram da prisão americana Guantánamo (Cuba) voltou a ter vínculos com militantes islâmicos, afirmou uma autoridade saudita neste sábado (19/6).
Dos 120 ex-prisioneiros de Guantánamo, 25 reincidiram em atividades extremistas depois de sair do centro de reabilitação, indicou aos jornalistas Abdelrahman al-Hadlaq, responsável pelo programa.
"É uma queda de 9,5%" para um total de 300 sauditas, que inclui aqueles que foram presos pelas autoridades da Arábia Saudita e que passaram pelo centro, declarou. "Mas é mais de 20% entre os homens de Guantánamo", completou.
Entre os reincidentes, uma dezena voltou a unir-se à Al-Qaeda no Iêmen, quatro morreram em operações contra a rede Al-Qaeda e os outros foram presos novamente, segundo o porta-voz do Ministério do Interior, o general Mansur al-Turki.
Os funcionários atribuem essas recaídas a um grupo de detidos repatriados à Arábia Saudita em novembro de 2007. "É evidente que eles contaminaram certa quantidade de detidos de Guantánamo que foram libertados antes deles", afirmou Turki.
Hadlaq declarou que o governo ainda estuda a possibilidade de estender o programa a cinco novas cidades com o objetivo de reinserir uma parte dos quase 2.000 sauditas atualmente presos por vínculos com a rede de Osama Bin Laden e outras atividades islâmicas.