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Aung San Suu Kyi faz 65 anos em prisão domiciliar

A líder da oposição birmanesa e a dissidente mais famosa do planeta, Aung San Suu Kyi, comemora neste sábado seus 65 anos mais uma vez em prisão domiciliar.

Seus partidários organizaram em Yangun uma pequena festa em homenagem a ela no sábado. Mas a "Dama de Yangun", detida durante mais de 15 dos últimos 21 anos, não poderá abandonar sua casa para comemorar com os amigos.

Na véspera, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu às autoridades birmanesas que libertem a prêmio Nobel da Paz e outros presos políticos de forma "imediata e incondicional".

"Uma vez mais, faço um apelo ao governo birmanês para que liberte Aung San Suu Kyi e todos os presos políticos imediatamente e sem condições e lhes permita construir uma Mianmar mais estável e próspera, que respeite os direitos de seus cidadãos", disse Obama em um comunicado.

"Por ocasião de seus 65 anos, em 19 de junho, envio minha saudação a Aung San Suu Kyi, a única ganhadora do Nobel da Paz encarcerada", acrescentou o presidente.

Desde 2003, Aung San Suu Kyi está sob prisão domiciliar. Por 15 anos, em três períodos distintos, ela foi privada da liberdade desde o início de sua luta pela democracia, em 1988.