A violência étnica se intensificava nesta segunda-feira (14/6) no sul do Quirguistão, no quarto dia de confrontos armados entres quirguizes e uzbeques que já causaram 117 mortos e obrigram a mais de 60.000 pessoas fugirem.
Em Osh, segunda cidade do país, onde explodiu na noite de quinta-feira passada os enfrentamentos entre quirguizes e membros da minoria uzbeque, os disparos ainda são constantes.
Os corpos calcinados que jazem pelas ruas, junto com carros e casas queimadas, mostram o nível da violência dos últimos dias, segundo um jornalista da AFP.
O balanço pode ser muito superior aos 117 mortos e mais de 1.500 feridos anunciados nesta segunda-feira pelo ministério da Saúde.
Apesar de ter mobilizado o exército, instaurado o estado de emergência e um toque de recolher, além de dar ordem a suas forças para disparar, o governo interino do Quirguistão admitiu que está difícil retomar o controle no sul desta ex-república soviética da Ásia Central.
Desde a independência do Quirguistão em 1991, após o fim da União Soviética, as tensões entre minorias étnicas marcaram a vida deste país vizinho do Uzbequistão, somando-se à dificuldades econômicas persistentes.