A liberal Iveta Radicova, uma socióloga diplomada em Oxford, decidida a encarnar a mudança na Eslováquia, caminhava, neste domingo (13/6), a converter-se na primeira mulher a chefiar um governo neste país da Europa Central.
Aos 53 anos, de cabelos louros e sorriso amplo, ela soube, na madrugada deste domingo, que seu partido, a União Democrática e Cristã Eslovaca (SDKU-DS), e seus três associados de direita e centro dispunham de maioria de 79 das 150 cadeiras, em disputa nas legislativas de sábado.
A vantagem sobre o partido do atual primeiro-ministro Robert Fico (Smer-SD, esquerda), na cabeça nas urnas, mas sem maioria, deverá permitir a essa professora formar o gabinete, com a pretensão de devolver o melhor ao cenário político eslovaco, dominada pelos homens desde a queda do comunismo em 1990 e a separação da República Tcheca três anos depois.
"A habilidade de ouvir é a mais preciosa das qualidades", diz Radicova, que ganhou algumas críticas da Igreja por sua recusa a condenar o aborto num país muito conservador e fortemente influenciado pela Igreja Católica.
Nascida em 7 de dezembro de 1956, em Bratislava, foi ministra do Trabalho e Assuntos Sociais em 2005-2006, tendo sido eleita deputada cristã-democrata em 2006.
Em abril de 2009 se apresentou à presidência da Eslováquia, mas perdeu para Ivan Gasparovic.
Tem uma filha do casamento com um ator cômico que faleceu em 2005.