O governo da Bolívia reforçou a partir desta sexta-feira (11/6) as fronteiras com a Argentina, o Brasil, Paraguai, Chile e Peru para evitar o tráfico de seres humanos. O gerente da Força Especial de Luta contra o Crime, coronel Adolfo Cáceres, afirmou que são frequentes as denúncias de tráfico humano por grupos criminosos e nações estrangeiras. Os dados são da imprensa oficial da Bolívia, a Agência Boliviana de Informações (ABI).
A maior concentração de forças policiais será nas cidades de Desaguadero e Copacabana, na fronteira com o Peru, Puerto Suárez, na região próxima ao Brasil, além de Villazón e Tarija nas áreas fronteiriças com a Argentina.
Cáceres disse que, em geral, as acusações envolvem relatos de pessoas atraídas por ofertas de emprego. Depois, no caso dos homens, eles são transformados em uma espécie de escravo e as mulheres são forçadas à prática da prostituição. Pesquisas de agências humanitárias indicam que cerca de 1,2 milhão de crianças e adolescentes são vítimas de tráfico humano no mundo.
De acordo com o gerente da Força Especial de Luta contra o Crime, não há um número exato sobre a quantidade de bolivianos vítimas das redes criminosas de tráfico humano. Mas, segundo Cáceres, as crianças e os adolescentes são o alvo preferencial dos criminosos. Ele destacou que é fundamental a parceria com os países vizinhos porque as redes atuam de forma integrada na região.