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Depois de votar a favor de sanções contra o Irã, China diz que medida não limita negociações

Brasília ; Depois de votar a favor da adoção de sanções ao Irã, o governo da China afirmou nesta quinta-feira (10/6) que as medidas não fecham a porta para os esforços diplomáticos no sentido de negociar com o país acordo para o uso pacífico da energia nuclear. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Qin Gang, disse que as punições são um reflexo dos temores da comunidade internacional. As informações são da agência oficial chinesa de notícias, Xinhuan.

O porta-voz afirmou que o objetivo das sanções é buscar um caminho para o diálogo e não apenas impor punições. Segundo ele, ainda chegará o momento de as partes envolvidas conseguirem atingir um ponto comum para o fim do impasse, por via diplomática.

Segundo Gang, a China defende a adoção de mecanismos que garantam a obediência às normas internacionais sobre a não proliferação de armas. De acordo com ele, só desta maneira será possível assegurar a paz e a estabilidade no Oriente Médio, especialmente na região do Golfo.

[SAIBAMAIS]Para o porta-voz chinês, o pacote de sanções aprovado pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) indica que há uma preocupação da comunidade internacional sobre o programa nuclear iraniano. Os Estados Unidos lideraram uma campanha, que obteve o apoio de todos os membros permanentes do conselho ; França, Inglaterra, China e Rússia ; a favor das sanções.

Foi a quarta fez que o Conselho de Segurança da ONU impôs sanções ao Irã. As medidas atingem principalmente os setores comercial e militar do país. Há limitações para investimentos no exterior, restrições sobre a importação do Irã de armas pesadas e uma rígida fiscalização sobre as embarcações com bandeiras iranianas.

Nesta quarta-feira (9/6), o conselho aprovou, com 12 votos favoráveis, as sanções contra o Irã. Apenas o Brasil e a Turquia foram contrários às medidas e o Líbano se absteve. Para a maioria da comunidade internacional, o programa nuclear iraniano é uma ameaça pois esconderia a produção de armas atômicas.