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Peronismo opositor a casal Kirchner se une para eleições de 2011

Líderes de várias correntes peronistas, opositores da presidente argentina Cristina Kirchner e seu marido, Néstor Kirchner, titular do Partido Justicialista (peronismo), acertaram apresentar, nesta quarta-feira (9/6), um candidato único para as eleições presidenciais de 2011.

Os dirigentes do Peronismo Federal assinaram um documento que convoca a "unidade de todos os setores do justicialismo e os independentes que queiram se somar a uma proposta" para enfrentar o kirchnerismo em 2011, segundo o texto divulgado à imprensa.

Além disso, se comprometeram a negociar um programa comum e conseguir a institucionalização do setor.

O acordo foi selado pelo ex-presidente Eduardo Duhalde (2002-2003); o senador e o ex-governador de Santa Fe Carlos Reutemann; o deputado Francisco De Narváez e p ex-governador de Buenos Aires Felipe Solá, entre as personalidades mais proeminentes.

"O Peronismo Federal está se organizando, o que dá à sociedade a possibilidade de ver instâncias alternativas que estão fora do kirchnerismo", disse De Narváez.

O deputado é um rico empresário sem militância, mas que saltou para a arena política em junho passado, quando nas eleições legislativas ganhou do ex-presidente Néstor Kirchner (2002/2007) na província de Buenos Aires, o principal distrito eleitoral.

Os dirigentes não arriscaram apontar quem será o candidato, nem tampouco anunciaram se participarão das eleições internas do partido Justicialista.

O governo de Cristina Kirchner, no qual tem forte influência seu esposo e líder do partido governista, recebeu um duro golpe nas últimas legislativas, quando perdeu a maioria absoluta nas duas câmaras do Congresso.

No entanto, em várias pesquisas destacou que o ex-presidente Kirchner subiu na avaliação da população e aparece no topo das preferências para 2011, favorecido pela dispersão da oposição, entre outras razões.