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Passageiros da frota aguardam deportação de Israel

Quarenta e cinco dos 686 passageiros detidos, que estavam a bordo da frota humanitária internacional que foi atacada na segunda-feira por militares israelenses, aguardam a deportação nesta terça-feira (1;/6).

"Um total de 686 passageiros estavam a bordo dos barcos interceptados e, deste efetivo, 45 estão em vias de expulsão", afirmou à rádio militar Yossi Edelstein, alto funcionário do ministério do Interior.

"Uma parte dos detidos se recusou a apresentar identificação. Protestaram, se jogaram no chão, com uma atitude provocadora", completou Edelstein.

"Os que aceitaram ser expulsos sem problema foram levados ao aeroporto Ben Gurion de Tel Aviv", disse.

Entre os passageiros estão cidadãos da Malásia, Indonésia, Marrocos, Argélia, Paquistão, Kosovo, Iêmen e muitos turcos, destacou a mesma fonte. A maioria dos países citados não têm relações diplomáticas com Israel, com exceção da Turquia.

A brasileira Iara Lee também está entre os detidos.

Edelstein, no entanto, não divulgou a nacionalidade ou identidade dos nove passageiros mortos no ataque.

A rádio militar informou que os passageiros eram originários de 38 países e que serão expulsos nas próximas 72 horas, depois de interrogatórios na presença de um juiz.

A emissora completou que 480 passageiros estavam detidos em uma prisão do sul de Israel e que os demais seriam transferidos do porto de Ashdod, para onde foram levados os barcos da flotilha, para a penitenciária.

A polícia está em alerta diante da prisão de Beersheva, para impedir qualquer protesto.

Ao mesmo tempo, 45 passageiros, em sua maioria turcos, continuam hospitalizados, assim como sete soldados.

Entre os detidos está Katab Jatib, presidente da mais importante organização de árabes israelenses, que convocou um dia de greve e protestos em Israel.