O Conselho de Segurança da ONU pediu na madrugada desta terça-feira (1;/6) uma investigação imparcial do ataque israelense contra um comboio de ajuda humanitária aos palestinos e exigiu a libertação imediata dos civis.
Ao fim de uma reunião de emergência de mais de 12 horas para examinar a situação após o ataque de Israel, o Conselho de Segurança condenou os "atos que resultaram na perda de pelo menos nove vidas e deixaram vários feridos".
Oficiais da Marinha israelenses atacaram, em águas internacionais, uma pequena frota humanitária integrada por cidadãos de diversos que seguia para Gaza com o objetivo de entregar mantimentos e remédios aos palestinos.
Quarenta e cinco dos 686 passageiros detidos aguardam a deportação de Israel, segundo a rádio pública do país.
Na declaração divulgada ao fim da reunião, o Conselho de Segurança pede "a libertação imediata dos barcos e dos civis detidos por Israel".
"O Conselho de Segurança destaca que a situação em Gaza não é sustentável", completa o texto.
O comunicado lembra ainda a resolução 1860, de janeiro de 2009, que exige a livre distribuição de mantimentos, combustíveis e remédios em Gaza, e determina a plena implementação por parte de Israel.
Também solicita uma "rápida, imparcial, confiável e transparente investigação, de acordo com os parâmetros internacionais", sobre o incidente ocorrido na madrugada de segunda-feira em águas internacionais do Mediterrâneo.
A ação israelense teve como alvo uma flotilha de seis barcos que zarparam da Turquia e pretendia superar o bloqueio imposto por Israel desde junho de 2007 à Faixa de Gaza, onde vivem isolados 1,5 milhão de palestinos.