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Ban Ki-moon exige explicações sobre ataque a navios com ajuda humanitária

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, disse nesta segunda-feira (31/5) que está chocado com o ataque israelense ao comboio humanitário que levava suprimentos para Faixa de Gaza. Ele pediu a instauração de inquérito para apurar as causas do ataque e disse que Israel deve dar com urgência uma explicação sobre o incidente.

De acordo com a ONU, o Conselho de Segurança deve se reunir ainda hoje em caráter de urgência para discutir os desdobramentos do incidente. Segundo a agência britânica BBC, a Liga Árabe também marcou uma reunião de emergência, que deve ocorrer amanhã (1;).

Reações de condenação a Israel ocorreram em todo o mundo. De acordo com a BBC, a Turquia, aliado israelense no Oriente Médio, convocou seu embaixador em Tel-Aviv. Outros países, como a Grécia, a Suécia, a Espanha, a Dinamarca e o Egito, pediram esclarecimentos dos embaixadores israelenses.

A União Europeia também exigiu a abertura de inquérito sobre a ação e pediu que as fronteiras de Gaza sejam abertas à entrada de ajuda humanitária. O Brasil também condenou os ataques por meio de nota oficial do Itamaraty.

Além da manifestação dos governos internacionais, houve protestos em capitais do Oriente Médio, na Inglaterra, na Grécia, no Paquistão e na Turquia.

Segundo a BBC, o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, descreveu a ação como um massacre e declarou três dias de luto na Cisjordânia. O líder do governo liderado pelo Hamas em Gaza, Ismail Haniya, classificou o ataque de ;brutal; e pediu à ONU que intervenha.

Na madrugada de hoje, uma frota de seis navios com cerca de 600 ativistas, levando 10 mil toneladas de suprimentos à Faixa de Gaza, foi atacada por militares israelenses. Pelo menos dez pessoas morreram e cerca de 30 ficaram feridas.