O deposto presidente hondurenho Manuel Zelaya anunciou, em seu exílio na República Dominicana, que está analisando a proposta feita pelo atual presidente Porfirio Lobo para voltar a Honduras, mas se queixou que os golpistas de seu país ainda gozam de impunidade.
"Tomarei a palavra de Porfirio Lobo Sosa, a quem agradecemos por suas boas intenções, e analisaremos em que consiste a proposta", afirma Zelaya em uma carta enviada a seus assessores em Tegucigalpa, cuja cópia foi entregue à AFP neste sábado.
Na la carta, Zelaya insiste que "o desterro é uma tortura que ele e sua família sofrem".
Lobo surpreendeu os hondurenhos na quinta-feira ao anunciar que pretende viajar em breve à República Dominicana para trazer Zelaya de volta a Tegucigalpa.
Falando à imprensa, Lobo anunciou ter conversado com seu colega dominicano, Leonel Fernández, para propor a ele ir pessoalmente a Santo Domingo para falar com Zelaya.
Lobo explicou que Fernández pediu um tempo para conversar com Zelaya a respeito da proosta.
Lobo descartou que quando Zelaya voltar a Honduras vá ser preso, como anteriormente afirmaram os presidentes da Suprema Corte de Justiça, Jorge Avilés, e o promotor-geral, Luís Rubí.
Zelaya foi derrubado num golpe de Estado em 28 de junho de 2009.