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Morales prega união dos países contra o que chamou de 'anticivilização'

Rio de Janeiro - O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse nesta sexta-feira (28/5) no Rio de Janeiro, que não haverá paz enquanto não houver justiça social, respeito à vida e harmonia do homem com a terra. Ele participou da reunião de chefes de estado do 3; Fórum da Aliança das Civilizações, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de outras lideranças.

Morales defendeu o respeito a todas as civilizações e suas diversidades, mas, sem dar nomes, criticou o que chamou de ;anticivilização, aquela que recorre a meios sutis ou não para acabar com outras civilizações, transformando os outros povos em meros consumidores;.

Ele fez um mea culpa ao admitir que fez intervenções em bases militares bolivianas para acabar com as pretensões hegemônicas, mas não poupou ;a anticivilização;, acusando-a de não ter apego a história e à cultura.

;Esta anticivilização busca o lucro para conseguir mais lucro. Para ela, o único sagrado é o capital e ela está mercantilizando a tudo e a todos, os homens, a natureza, os desastres naturais. Tudo vira mercadoria. Mas o pior dela não são as armas letais, mas os meios de difusão que usa e que alteram nossa memória;, disse Morales, em tom exaltado.

Por fim, o presidente boliviano disse que o desafio da Aliança das Civilizações é conseguir unir todos contra essa ;anticivilização; que domina a todos. No final do discurso, ele foi muito aplaudido.