O presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou nesta sexta-feira (28/5) seu discurso de abertura no 3; Fórum Mundial da Aliança de Civilizações, no Rio de Janeiro, para pedir que a comunidade internacional dialogue com o Irã. Lula disse que foi à capital iraniana Teerã, há alguns dias, junto com o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, justamente para buscar ; uma solução negociada; para um possível conflito que ameaça o mundo.
;O Brasil aposta no entendimento que faz calar as armas. Investe na esperança, que supera o medo. Posições inflexíveis só ajudam a confrontação e afastam a possibilidade de soluções de paz;, disse Lula.
Lula ressaltou que é preciso que o mundo pratique a tolerância cultural e religiosa. Ele rejeitou a tese de um choque de civilizações. ;Precisamos renovar mentalidades. Para isso, é preciso oferecer oportunidades de crescimento econômico com justiça social. São absurdas as teses sobre uma suposta fratura de civilizações no mundo que conduziria inexoravelmente a conflitos. Essas teorias são criminosas, quando usadas como pretexto para ações bélicas ditas preventivas.;
O presidente também aproveitou seu discurso para defender o desarmamento nuclear de todos os países e o direito ao uso pacífico da energia nuclear. ;Defendemos um planeta livre de armas nucleares. E o pleno cumprimento, por todos os países, das determinações do Tratado de Não Proliferação. Acreditamos que a energia nuclear deve ser um instrumento para a promoção do desenvolvimento, não uma ameaça.;