O candidato governista Juan Manuel Santos acusou na quinta-feira (27/5) seu principal rival, o independente Antanas Mockus, de pretender "satanizá-lo" ao abordar um caso de execuções de civis cometidas por militares quando ele era ministro da Defesa, em declarações feitas à AFP.
Mockus "sabe perfeitamente que eu acabei com os ;falsos positivos;. E cair nesse jogo de satanizar o presidente (Álvaro) Uribe ou de me satanizar com o tema quando fomos nós que acabamos com isso, me parece bastante imoral", disse Santos.
A expressão "falsos positivos" refere-se aos civis mortos na última década, que eram qualificados de guerrilheiros pelos militares.
Mockus negou na quarta-feira, ao ser questionado por jornalistas, que seja factível uma "responsabilização penal" de Santos e Uribe no caso, mas disse que via uma "responsabilidade moral".
"Imoral é Mockus dizer esse tipo de coisa", disse Santos, ministro da Defesa entre 2006 e 2009.
Mais de 2.000 civis foram apresentados como guerrilheiros mortos em combate para que militares fossem promovidos ou obtivessem benefícios, o que levou a uma punição no exército colombiano que atingiu mais de 40 militares, incluindo três generais que foram suspensos.