O candidato presidencial colombiano pelo Partido Verde, Antanas Mockus, disse nesta quarta-feira (26/5) que seu governo faria algumas modificações no Plano Colômbia de luta contra o narcotráfico patrocinado pelos Estados Unidos, "ajustando-o às necessidades do país".
Segundo Mockus - um dos dois favoritos nas eleições de domingo- "a ideia é pedir que a ajuda americana seja dada da perspectiva que nos parece mais urgente, com o problema em si resolvido por nós mesmos".
Mockus, que declarou "afeto" pelos Estados Unidos, explicou que prosseguirá com as aspersões aéreas nas plantações ilícitas de coca e papoula (matérias-primas da cocaína e da heroína, respectivamente). "Não podemos renunciar a um dos instrumentos de luta contra o narcotráfico", disse.
Nos últimos 10 anos, os Estados Unidos destinaram mais de 6 bilhões de dólares ao Plano Colômbia.
O candidato do Partido Verde referiu-se, também, ao que seria sua política internacional em caso de assumir a Presidência.
"Meu governo estará voltado para intensificar a integração latino-americana, consolidando mecanismos presentes na Constituição", disse.
Sobre a Venezuela, considerou ser "possível establecer melhora nas relações com o presidente Hugo Chávez", "congeladas" desde 2009.
Afirmou que não ordenaria o bombardeio como o realizado pelo exército colombiano, no dia 1; de março de 2008, contra um acampamento da guerrilha das Farc no Equador, o que levou o presidente Rafael Correa a romper relações diplomáticas com a Colômbia.
Sobre o Brasil, destacou: "Tenho razões de sobra para relacionar-me bem com o presidente (Luiz Inácio) Lula" da Silva.