Brasília - Os sete candidatos à Presidência da Colômbia começam hoje (24) a última semana da campanha sem realizar atos públicos, vedados pelas regras eleitorais do país nessa etapa, apostando exclusivamente na publicidade em jornais e na televisão e em pequenos encontros setoriais. As eleições serão realizadas no próximo domingo (30/5), segundo informações da Telam, agência oficial de notícias da Argentina.
As últimas pesquisas informam que apenas dois candidatos têm chances concretas de suceder ao presidente Álvaro Uribe: o governista do Partido de La U e ex-ministro da Defesa, Juan Manuel Santos, e o do Partido Verde, Antanas Mockus, ex-prefeito de Bogotá, considerado a grande surpresa da campanha.
As pesquisas eleitorais diferem nos números mas indicam que os dois principais candidatos deverão partir para o segundo turno, previsto para o dia 20 de junho. Se o segundo turno se confirmar no próximo domingo, os candidatos poderão formar alianças políticas, abrir negociações entre os partidos que ficarão fora da disputa e realizar acordos que julgarem necessários à vitória.
O presidente Álvaro Uribe deixará a presidência da Colômbia com imagem positiva de 70% perante a população. Durante seu governo, Uribe dedicou praticamente todo o seu tempo a combater o terrorismo das guerrilhas, em particular o Exército da Libertação Nacional (ELN) e as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
Forte esquema de segurança, envolvendo 350 mil homens, foi montado para impedir a ação dos guerrilheiros, que podem agir coagindo eleitores ou evitando que eles cheguem às urnas, além de subornar mesários. Há também o temor de que hackers, a partir do exterior, provoquem uma guerrilha cibernética para sabotar as eleições.
De acordo com a Missão de Observação Eleitoral - ONG colombiana que acompanha e monitora as eleições - as províncias de Cauca, Nariño, Putumayo, Chocó, Córdoba e Antioquia são as que apresentam o maior risco de alteração da ordem pública.