Os três excursionistas americanos detidos no Irã desde agosto do ano passado são "espiões", afirmou nesta quarta-feira (19/5) o ministro iraniano dos Serviços Secretos, Hayda Moslehi, no mesmo dia em que devem chegar a Teerã as mães dos prisioneiros.
O governo do Irã concedeu vistos para as mães dos americanos por "razões humanitárias como ensina o islã", disse Moslehi.
"Veremos como os americanos reagem em relação aos iranianos inocentes que sequestraram e levaram para os Estados Unidos", completou Moslehi.
Shane Bauer (27 anos), Sarah Shourd (31) e Josh Fattal (27) foram presos em 31 de julho de 2009 em território iraniano, perto da fronteira com o Iraque, que teriam ultrapassado por engano, depois que se perderam durante uma excursão no Curdistão iraquiano.
Os três estão detidos na penitenciária de Evin, em Teerã.
No dia 9 de novembro do 2009, o procurador-geral de Teerã, Abbas Jafari Dolatabadi, acusou os americanos de espionagem, mas no dia seguinte foi contestado pelo ministro das Relações Exteriores, Manuchehr Mottaki.
Mas em abril, Moslehi repetiu as acusações de Dolatabadi, de que os três americanos foram acusados de "cooperar com os serviços de inteligência estrangeiros".