Madri - A reforma da Organização das Nações Unidas (ONU) foi uma das necessidades reconhecidas pelos cerca de 60 chefes e representantes de países da América Latina, Caribe e União Europeia, reunidos na capital espanhola. A declaração conjunta diz que os líderes reconhecem a necessidade de reforma da ONU, especificamente na Assembleia Geral, no Conselho Econômico e Social e no Conselho de Segurança.
O Brasil tem vaga temporária no Conselho de Segurança da ONU e pleiteia uma reforma para que mais países sejam incluídos no grupo. Atualmente, cinco países têm vaga permanente no grupo (Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e China).
O documento oficial divulgado no fim do encontro também reitera a vontade dos países participantes de enfrentar unidos a crise econômica. E confirma o compromisso de lutar por uma nova arquitetura financeira internacional, ;dando maior voz e direito de voto aos países em desenvolvimento ou em transição;, diz texto.
Os países ainda se comprometeram a evitar o protecionismo em todas as suas formas. ;Continuamos decididos a oferecer um sistema comercial multilateral aberto e não discriminatório;, explica o comunicado.
A declaração é divulgada um dia depois de a União Europeia e o Mercosul decidirem voltar a negociar um acordo entre os dois blocos que, entre outros pontos, pode criar a maior área de livre comércio do Planeta. As negociações ficaram paradas durante seis anos, principalmente, por resistência de países em abrir mão do protecionismo.
O próximo encontro dos países da América Latina, do Caribe e da União Europeia foi marcado para 2012, no Chile.