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EUA anunciam consenso com China e Rússia para sanções contra Irã

[SAIBAMAIS]A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, disse nesta terça-feira (18/5) que os Estados Unidos, a China e a Rússia chegaram a um consenso sobre um esboço de resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) prevendo novas sanções contra o Irã.

Segundo a BBC Brasil, o anúncio foi feito a um comitê do Senado americano e ocorreu apesar do acordo anunciado nesta segunda (17/5) para tentar resolver a questão nuclear iraniana, com mediação de Brasil e Turquia. ;Esse anúncio" disse Hillary, "é a resposta mais convincente aos esforços ocorridos em Teerã nos últimos dias que poderíamos dar." Segundo Hillary, existem questões que não foram respondidas sobre o anúncio feito em Teerã.

Ela afirmou que os Estados Unidos reconhecem os esforços da Turquia e do Brasil em busca de uma solução para a questão nuclear iraniana, mas ressaltou que seu país está preparado para apelar à comunidade internacional por uma resolução com sanções mais fortes. Isso, segundo ela, enviará uma mensagem clara a respeito do que os Estados Unidos esperam do Irã.

A secretária disse que o texto circulará ainda nesta terça (18/5) entre os 15 países-membros do Conselho de Segurança da ONU, grupo que inclui o Brasil e a Turquia. Fontes diplomáticas informam que a reunião dos 15 países será às 16h (17h em Brasília). Países ocidentais liderados pelos Estados Unidos e pela União Europeia acusam o Irã de usar seu programa nuclear como fachada para a fabricação de armas, alegação negada por Teerã, que afirma que o programa tem fins pacíficos.

Nesta segunda (17/5), o governo iraniano assinou um acordo, mediado pelo Brasil e pela Turquia, no qual concorda em enviar urânio para ser enriquecido em território turco, recebendo em troca combustível nuclear. No mesmo dia, o governo iraniano informou que continuará a enriquecer urânio, o que fez com que parte da comunidade internacional respondesse com ceticismo ao anúncio do acordo. O governo brasileiro sustenta que, com esse acordo nuclear, não seria necessário aprovar novas sanções na ONU.