A enorme maré negra no Golfo do México está mudando sua forma e se fragmentando em manchas menores, afirmou nesta sexta-feira (14/5) um oficial da Guarda Costeira dos Estados Unidos.
Mais de três semanas depois que uma explosão afundou uma plataforma de petróleo da britânica BP no Golfo do México, a maré negra continua sem chegar às ameaçadas costas dos estados da Louisiana, Mississipi e Alabama, apesar do petróleo continuar vazando no mar.
"Temos informes da existência de pelotas de betume que podem ser tiradas manualmente, mas, nesse momento, a maior parte do petróleo está longe da costa", afirmou o almirante Thad Allen, da Guarda Costeira.
"Acho que a maré está mudando de forma. Não creio que continuaremos tendo por muito tempo uma grande maré", declarou durante uma coletiva de imprensa em Dauphin Island, Alabama.
Ele explicou que, quando o petróleo sobe à superfície, ele se separa em várias manchas.
"Isso é bom e ruim ao mesmo tempo. Como se dispersa amplamente, é difícil de manejar, mas, ao mesmo tempo, o vazamento chega à costa em pequenas quantidades", acrescentou.
A Guarda Costeira trabalhajunto com equipes da BP e outras companhias petroleiras para controlar a maré e proteger as linhas costeiras particularmente ;s frágeis pântanos da Lousiana, habitat de espécies ameaçadas de extinção.
Especialistas assinalam que o vazamento pode ser dez vezes mais intenso que as estimativas oficiais de 800.000 litros diários.
A plataforma Deepwater Horizon, dirigida pela petroleira British Petroleum, mas de propriedade da Transocean, sofreu em 20 de abril uma explosão que provocou seu posterior afundamento e a morte de 11 trabalhadores.