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Autoridades do Suriname prendem 28 brasileiros suspeitos de atuação ilegal em garimpos

Brasília ; Há cerca de três semanas, 28 brasileiros estão presos a 50 quilômetros da capital do Suriname, Paramaribo. Eles são suspeitos de prática irregular de garimpo. Pelo menos quatro brasileiros foram deportados imediatamente para o Brasil por estar sem documentos. No começo de abril, houve uma operação das forças de segurança surinamesas para identificar aqueles que atuavam ilegalmente nos garimpos.

Um escritório de advocacia, contratado pela Embaixada do Brasil no Suriname, cuida do caso. Na tentativa de liberar os presos, a advogada tenta negociar também a redução da multa para liberação de US$ 2 mil para US$ 500.

Segundo a embaixada, os brasileiros não foram tratados de forma discriminatória nem agressiva, mas seguindo as leis locais. Para exercer a atividade de garimpo no Suriname é necessário obedecer a uma série de regras e obter os documentos obrigatórios, o que não ocorreu com os brasileiros detidos.

A Embaixada do Brasil no Suriname calcula a existência de 15 a 20 mil brasileiros morando no país. Na noite do dia 24 de dezembro de 2009, um grupo de 200 brasileiros foi alvo de um ataque promovido por quilombolas surinameses ; descendentes de escravos ; denominados ;marrons;, na cidade de Albina, a 150 quilômetros de Paramaribo. Houve estupros, violência generalizada e tentativa de assassinato. Na ocasião, o governo brasileiro deu suporte às vítimas.

De acordo com o embaixador do Brasil no Suriname, José Luiz Machado e Costa, o perfil de brasileiros que procuram o Suriname é de trabalhadores do campo, do garimpo e de atividades domésticas. Muitos não tiram a documentação adequada com medo de serem expulsos do país. A maioria dos brasileiros que vive no Suriname é procedente do Maranhão, Amapá e Pará.

Como a fronteira do Brasil com o Suriname é fechada por uma vasta mata, muitos brasileiros aproveitam para ingressar no país vizinho por ela. Não há ligação por estradas entre os dois países. Essa é uma dificuldade das autoridades do Brasil para manter o controle sobre os brasileiros que ingressam em território surinamês.