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Secretário-geral da ONU pede que comunidade internacional colabore para um mundo sem armas

Brasília ; O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, apelou para que todos os participantes da 8; Conferência Mundial de Revisão do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP), em Nova York, renovem o compromisso global para o desarmamento nuclear. Segundo ele, o objetivo das Nações Unidas é um ;um mundo sem armas nucleares;. As informações são da agência de notícias das ONU.

Ban Ki-moon advertiu para a possibilidade de ameaças em decorrência dos programas nucleares desenvolvidos pelo Irã e pela Coreia. Segundo o secretário-geral, é necessário intensificar os esforços globais para conter a proliferação. Mas, de acordo com ele, houve avanços no sentido de buscar o desarmamento mundial. Ban Ki-moon ressaltou a criação de uma zona nuclear livre de armas no Oriente Médio.

O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, já viajou para os Estados Unidos e seu discurso está previsto para ocorrer nesta segunda-feira (3/5) de manhã. Representantes de mais de 100 países confirmaram presença. O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, vai representar o Brasil.

;Nós sabemos que o desarmamento nuclear não é um sonho distante e inatingível;, afirmou o secretário-geral. ;É uma necessidade urgente, aqui e agora. Estamos determinados a conseguir;, disse. Para Ban Ki-moon, as negociações estão muito atrasadas. ;Nós não devemos ter expectativas irreais para a conferência. Mas também não podemos nos dar ao luxo de baixar as nossas metas;, acrescentou.

Na conferência, o chanceler brasileiro deverá afirmar que o tratado deve se sustentar em três pilares: o desarmamento, a não proliferação e o uso pacífico da energia nuclear. Também pretende defender o direito de o Irã desenvolver um programa nuclear próprio desde que para fins pacíficos.

Segundo Amorim, todos os países têm o direito de participar do processo de interlocução e não apenas alguns ou as grandes potências. O chanceler planeja afirmar também que o Brasil tem autoridade moral para exigir o progresso no campo do desarmamento nuclear e da não proliferação.