Os ministros de Defesa da Unasul se reunirão na próxima quinta-feira (6/4), na cidade equatoriana de Guayaquil, para aprovar um acordo sobre medidas de confiança e segurança, após o pacto militar assinado entre Colômbia e Estados Unidos, informou o governo equatoriano.
O documento "tem particular importância" porque é resultado de um "processo de estudo" iniciado em setembro por determinação dos presidentes da Unasul, após a cúpula em Bariloche (Argentina) que discutiu o aumento das tensões depois do acordo entre Bogotá e Washington.
"Este processo longo e complicado se converteu em um exercício sem precedentes na região, que superou as expectativas e os prognósticos sobre as possibilidades de integração regional", acrescentou o texto do ministério de Defesa do Equador, país que exerce a presidência rotativa da Unasul.
Segundo o ministério, as medidas acordadas pelos 12 países da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) "contribuirão para fortalecer o diálogo político e enfrentar unidos as ameaças e os desafios desta nova época".
O documento, que ainda não teve seus detalhes divulgados, será assinado depois que, no último dia 12 de abril, os governos brasileiro e americano firmaram um acordo de cooperação militar, cujo texto foi entregue por Brasília à presidência da Unasul.
As negociações sobre as medidas de confiança foram iniciadas após uma tensão gerada com a assinatura, no dia 30 de outubro de 2009, do convênio que autoriza as forças americanas a utilizarem sete bases colombianas para combater o narcotráfico e as guerrilhas esquerdistas.
Devido ao acordo, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, congelou as relações com a Colômbia, afirmando que a presença de tropas americanas no território do país vizinho constitui uma ameaça, e convocou seus militares e cidadãos a "se prepararem para a guerra".