Milhares de judeus, principalmente da Europa e de Israel, iniciaram nesta sexta-feira (30/4) a peregrinação anual à Ghriba, a mais antiga sinagoga da África, situada na ilha de Djerba (500 km ao sul da Tunísia).
"Contamos neste ano com cerca de 6 mil visitantes", informou à AFP Perez Trabelsi, líder da comunidade judaica de Djerba e presidente da sinagoga.
A maioria dos peregrinos (4.500) são originários da França; mil israelenses chegaram à Tunísia após escala no Egito, Jordânia ou Turquia, devido à ausência de voos diretos com Israel.
Trabelsi pediu o estabelecimento desses voos, o que permitiria "triplicar" o número de peregrinos israelenses.
O grão-rabino da França, Gilles Bernheim, participou pela primeira vez da peregrinação e se declarou "muito emocionado".
Já o de Londres, Abraham Levy, manifestou o desejo de ver "palestinos e israelenses viverem" de forma pacífica.
Toda a ilha estava sob fortes medidas de segurança, em particular nos arredores da sinagoga, onda na entrada foi instalado um arco de segurança.
A peregrinação terá uma pausa no sábado (1; de maio) para o descanso sagrado do Shabat, antes de ser finalizada no domingo com as tradicionais procissões e leilões para a comunidade.