Os dois brasileiros capturados pela polícia nesta terça-feira (27/4) por envolvimento no atentado da véspera contra um senador governista do Paraguai pertencem à organização criminal PCC, de São Paulo, garantiu a própria vítima.
Em declarações à imprensa, o senador Robert Acevedo afirmou que o PCC (Primeiro Comando da Capital) foi o autor do ataque contra ele.
Na ação morreram dois guarda-costas, cujos corpos receberam entre 40 e 60 tiros de armas automáticas, em pleno centro da cidade de Pedro Juan Caballero, na fronteira com o Brasil.
Robert Acevedo, do partido Liberal, se salvou milagrosamente, apesar de ter sido ferido no braço e de raspão no olho esquerdo. "Os brasileiros presos dizem ser Eduardo da Silva e Marcos Cordeiro, mas estamos averiguando seus antecedentes com nossos colegas do Brasil", afirmou o chefe de polícia de Pedro Juan Caballero, delegado Francisco González.
O delegado também suspeita que os presos formam parte do chamado Primeiro Comando da Capital, organização criminal com base em São Paulo e com braços na fronteira com o Paraguai, dedicados ao tráfico de drogas, armas e de crimes por encomenda. "Os presos são de São Paulo. Temos informação de que a polícia brasileira está fazendo operações nas favelas de São Paulo", informou.
Paralelamente, dois corpos de jovens paraguaios de 20 anos com antecedentes criminais foram encontrados nesta terça-feira com muita marcas de balas a 100 km de Caballero.
A polícia suspeita que formavam parte do grupo que atentou contra a vida do senador.