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Monarquistas pedem Lei Marcial na Tailândia

O movimento monárquista "camisas amarelas" lançou nesta segunda-feira um ultimato ao primeiro-ministro da Tailândia, Abhisit Vejjajiva, para que solucione a atual crise e exigiu que se proclame a lei marcial para retirar os "camisas vermelhas" do centro de Bangcoc.

"O primeiro-ministro sabe que, nesta situação, são necessárias medidas militares já que uma solução política é difícil", declarou Suriyasai Katasila, porta-voz do Partido da Nova Política.

"A lei marcial deve ser proclamada", afirmou Suriyasai, cujo movimento representa os monarquistas e aos defensores das elites aristocráticas e financeiras de Bangcoc.

Os "camisas amarelas" defendem a monarquia frente aos "camisas vermelhas", partidários do primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, aos quais classificam de "terroristas". Os "camisas vermelhas" exigem a renúncia do governo e eleições antecipadas.

Em 7 de abril passado, o governo tailândes decretou o estado de exceção em Bangcoc e em cinco províncias vizinhas.

Os "camisas amarelas", que antes se chamavam Aliança do Povo para a Democracia (PAD), lançaram em 18 de abril passado um ultimato ao governo, dando um prazo de uma semana para solucionar a crise, cada vez mais violenta.

Os "camisas vermelhas" ocupam há três semanas um bairro turístico e comercial de Bangcoc, em torno do qual instalaram barricadas.

Em 10 de abril, nos enfrentamentos entre a polícia e os "camisas vermelhas" morreram 25 pessoas e 800 ficaram feridas.

Em 22 de abril, a explosão de várias granadas provocou a morte de uma pessoa e 85 feridos.