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Hillary espera que nenhum erro leve a nova guerra entre as duas Coreias

A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, afirmou nesta sexta-feira (23/4) esperar que "nenhum erro" conduza a uma nova guerra entre Coreia do Norte e Coreia do Sul, depois que as tensões entre os dois países aumentaram.

"Espero que não se fale de guerra, que não haja ação nem erro de cálculo que possam provocar uma resposta que conduza a um conflito que não beneficia ninguém", disse Hillary, completando que os "norte-coreanos não devem realizar ações provocadoras".

A Coreia do Norte anunciou nesta sexta-feira ter confiscado edifícios pertencentes à Coreia do Sul em uma localidade turística frequentada por sul-coreanos e acusou Seul de buscar o "confronto".

A agência estatal norte-coreana advertiu nesta sexta-feira que "a situação alcançou uma fase extrema que chegou ao cruzamento da guerra com a paz".

"É bastante natural que não possamos continuar mostrando generosidade e tolerância ao Sul sob estas circunstâncias", escreveu.

Isso ocorre um dia depois de as Forças Armadas sul-coreanas terem acusado a Coreia do Norte de estar por trás do naufrágio de um de seus navios militares, o "Cheonan", ao afirmar que este afundou por conta de um torpedo disparado por um submarino norte-coreano, segundo informou a agência sul-coreana Yonhap, citando fontes militares não identificadas.

O "Cheonan", navio de guerra sul-coreano de 1.200 toneladas, afundou depois de uma misteriosa explosão que o partiu em dois em 26 de março, causando a morte de 46 tripulantes, próximo da disputada fronteira entre as duas Coreias, no Mar Amarelo.

"Nossos serviços de inteligência chegaram à conclusão de que um submarino da Coreia do Norte atacou o barco com um torpedo pesado", disse na quinta-feira uma fonte militar sul-coreana, que pediu para não ser identificada, à agência de imprensa Yonhap, afirmando que os submarinos norte-coreanos contam com ogivas de 200 quilos.

Os serviços de inteligência tinham alertado a Marinha sul-coreana, inclusive antes do acidente de 26 de março, de que a Coreia do Norte preparava um ataque, indicou a Yonhap.