As acusações feitas pelo ex-chefe paramilitar colombiano Salvatore Mancuso ao candidato governista Juan Manuel Santos, segundo as quais Santos teria planejado um golpe contra o ex-presidente Ernesto Samper, estão sendo motivo de polêmica na campanha presidencial.
"Mancuso foi mandado para os Estados Unidos pela morte de tantos colombianos e agora quer zombar de nós", respondeu Santos que, em 2008, exercia o cargo de ministro da Defesa quando o ex-chefe paramilitar foi extraditado.
Em declaração feita nos Estados Unidos, na quarta-feira, Mancuso acusou Santos de ter conspirado para dar um golpe de Estado contra o ex-presidente Samper (1994-98).
"Juan Manuel Santos propôs que participássemos disso e o atual vice-presidente, Francisco Santos, primo irmão do candidato, levantou até a possibilidade de criar uma célula paramilitar em Bogotá.
Essas denúncias "foram estudadas e arquivadas pelo Ministério Público", respondeu o candidato Santos nesta quinta-feira, em entrevista à radioemissora Caracol; ao memo tempo em que destacou como "muito curioso" o fato de as declarações de Mancuso serem feitas a poucas semanas do primeiro turno eleitoral, no dia 30 de maio.
"Há um desespero de muita gente de me acusar de fatos que já foram investigados", insistiu.
Santos, de 58 anos, candidato do Partido Social de União Nacional (a U), figura como favorito nas pesquisas para as presidenciais.