Depois de cinco meses em missão na Antártica, chegaram hoje (17) ao Rio de Janeiro os navios de Apoio Oceanográfico Ary Rongel e Polar Almirante Maximiniano.
A vigésima oitava edição da Operação Antártica (Operantar) levou 52 pesquisadores e 159 tripulantes militares à Estação Comandante Ferraz, para dar sequência ao Programa Antártico Brasileiro, que desenvolve pesquisas científicas em diversas áreas.
O projeto de estudo sobre o processo de recuo das geleiras chamou a atenção do comandante do navio polar Almirante Maximiniano, o capitão-de-mar-e-guerra Sérgio Ricardo Segovia.
De volta ao continente antártico depois de 16 anos, ele se disse surpreso com a quantidade de gelo que encontrou na região. Segundo ele, vários pesquisadores de outros países que trabalham ali relataram que os campos de gelo estavam bem maiores se comparados ao mesmo período de outros anos.
;Um pesquisador alemão me disse que nos 40 anos que ele faz pesquisas no continente, nunca havia visto tanto gelo como agora. Ele me explicou que o gráfico que mede o comportamento das geleiras tem picos para cima e para baixo e que na média há, sim, um aquecimento global, mas ano teve um dos verões mais frios dos últimos 40 anos;.
As outras áreas de pesquisas brasileiras são topografia; impactos das mudanças globais sobre a vegetação e as aves da região; mudanças causadas pela ação do homem no meio ambiente marinho antártico; gestão ambiental, educação e difusão da ciência; modelagem e dinâmica de massas de água nas regiões polares; solo marinho; e análise de dados oceanográficos e de microorganismos do continente.