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Terremoto na China deixa 400 mortos em região próxima do Tibete

O forte terremoto desta quarta-feira (14/4) na remota província de Qinghai, noroeste da China e próxima do Tibete, deixou 400 mortos e 10 mil feridos, segundo o balanço oficial mais recente divulgado pela agência oficial Xinhua (Nova China). O terremoto aconteceu menos de dois anos depois do tremor de maio de 2008 que devastou a província de Sichuan, também próxima do Tibete, que deixou 87 mil mortos e desaparecidos. "No total, 400 pessoas morreram e 10 mil ficaram feridas", declarou Huang Limin, alto funcionário da prefeitura de Yushu, que atualizou o balanço. O município de Yushu, epicentro do tremor, tem 80 mil habitantes. O terremoto aconteceu no início da manhã e teve magnitude de 6,9 graus, de acordo com o Instituto de Geofísica dos Estados Unidos (USGS), e de 7,1 segundo o governo chinês. O tremor foi seguido de três réplicas, de até 5,8 graus, segundo o instituto americano. Para medir um terremoto, o USGS utiliza a escala de "magnitude do momento" (Mw), na qual um sismo de seis graus é considerado forte. Muitas casas desabaram, as estradas ficaram bloqueadas e os serviços de telecomunicaçãos estavam muito prejudicados nesta região do Himalaia, próxima do Tibete. Na cidade de Jiegu, perto do epicentro, mais de 85% dos edifícios desabaram, segundo o governo local. Entre os prédios afetados está uma escola profissionalizante, onde muitos estudantes ficaram soterrados. Quase todas as casas são de madeira e terra, de acordo com Karsum Nyima, alto funcionário da prefeitura. Segundo a imprensa chinesa, o aeroporto de Yushu estava sem comunicações e as estradas de acesso bloqueadas. O canal oficial CCTV exibiu imagens de soldados retirando os escombros de casas em ruínas, em busca de sobreviventes. Alguns integrantes das equipes de resgate reclamaram da falta de material. "Temos que usar principalmente nossas mãos para despejar os escombros, já que não dispomos de grandes máquinas", declarou Shi Huajie, chefe de polícia e coordenador dos resgates. "Também não temos equipes médicas", completou. As autoridades provinciais enviaram 5 mil barracas e milhares de peças de roupa, segundo o ministério de Assuntos Civis. A zona fica em uma região que registra muitos terremotos, habitada por camponeses e nômades da etnia mongol e tibetana. A área tem importantes reservas de carvão, chumbo e cobre.