O presidente venezuelano, Hugo Chávez, presidiu nesta terça-feira (13/4) a cerimônia de formação de milhares de membros da "milícia bolivariana", que uniformizados e armados com fuzis juraram aprofundar a "revolução socialista" na Venezuela.
"Vocês devem estar prontos, a qualquer momento, para pegar suas armas e dar a vida pela revolução bolivariana", disse Chávez durante um ato político em Caracas, no qual recordou seu regresso ao poder após o frustrado golpe de Estado contra seu governo, que durou apenas 48 horas.
[SAIBAMAIS]Na cerimônia, cerca de 30 mil milicianos se comprometeram a "não descansar" até consolidar, "definitivamente", a independência da Venezuela, "construindo juntos o socialismo bolivariano, a revolução socialista".
O povo em armas
As milícias bolivarianas são grupos de voluntários que cumprem funções militares, recebem treinamento e são chamados por Chávez de "o povo em armas".
A milícia foi criada em 2005 no dia 13 de abril, exatamente para lembrar o golpe militar que tentou tirar Chávez do poder. "Hoje é o dia da milícia nacional, do povo em armas, da revolução de abril", celebrou Chávez durante o ato. Um decreto oficial publicado hoje estabeleceu o 13 de abril como "Dia de Júbilo Nacional".
As milícias bolivarianas, incorporadas às Forças Armadas em 2008, têm como missão "treinar, preparar e organizar o povo para a Defesa Integral" do país, e são subordinadas diretamente a Chávez.