Os "camisas vermelhas" que protestam há um mês contra o governo tailandês reafirmaram nesta terça-feira a determinação de prosseguir com o movimento até o anúncio de eleições legislativas, depois de um fim de semana violento que deixou 21 mortos.
"A partir de quarta-feira vamos pressionar o governo para dissolver o Parlamento. Vamos prosseguir com nosso movimento para derrubar este governo", declarou um dos líderes dos opositores, Nattawut Saikuar.
Milhares de manifestantes bloqueavam nesta terça-feira dois bairros do centro de Bangcoc. A violência de sábado, a mais grave na Tailândia em 18 anos, deixaram 21 mortos, 17 deles civis, e mais de 860 feridos.
Ao mesmo tempo, Nattawut comemorou o anúncio de segunda-feira da Comissão Eleitoral favorável à dissolução do Partido Democrata (PD) do primeiro-ministro Abhisit Vejjajiva, acusado de ter sido beneficiado por uma doação ilegal em 2005.
O anúncio da Comissão, que fragiliza Abhisit, era pedido há muito tempo pelos "camisas vermelhas", simpatizantes do ex-premier no exílio Thaksin Shinawatra. Esta terça-feira, feriado, marca o início das celebrações do ano novo budista, o "Songkran", período festivo durante o qual muitos habitantes de Bangcoc voltam para suas regiões de origem.