As irmãs de Mônica Burgos, a brasileira assassinada em Cancun, pediram que seu corpo seja entregue à família, e não ao produtor de TV Bruce Beresford-Redman, principal suspeito do crime.
"As irmãs da vítima pediram que o corpo não seja entregue ao senhor Bruce, como prevê a legislação", disse à AFP Francisco Albor Quezada, procurador de Quintana Roo, estado de Cancun. O corpo de Mônica Burgos permanece no Instituto Médico Legal de Cancun e segundo Albor Quezada, não poderá ser entregue a Bruce até que o caso seja esclarecido.
"Entendo a dor da família, para eles Bruce é o principal suspeito e entregar o corpo a ele não lhes parece correto, mas assim que o crime for esclarecido, e caso não tenha qualquer responsabilidade, o corpo será entregue ao marido", disse o funcionário.
Beresford-Redman está em liberdade, mas teve que entregar seu passaporte e não poderá sair do país até o fim da investigação.
Os dois filhos do casal, de três e cinco anos, estão sob a guarda da família do produtor, nos Estados Unidos, informou Albor Quezada. O corpo de Mônica foi encontrado a 80 metros do quarto do hotel cinco estrelas em Cancun onde o casal estava hospedado, dentro de uma cisterna de tratamento de águas residuais.
Empregados do hotel viram Mônica discutir com Bruce e que o marido a ameaçava. Mônica apresentava um golpe na cabeça e sinais de estrangulamento. Nascida no Rio de Janeiro, Mônica tinha nacionalidade americana e era proprietária do restaurante Zamumba, situado no bulevar Venice de Hollywood, em Los Angeles.