Os 16 países da Zona do Euro estabeleceram neste domingo (11/04) os termos de uma ajuda financeira à Grécia, através de empréstimos bilaterais, que somariam até 30 bilhões de euros num primeiro ano, com taxas de juros de cerca de 5%, anunciou o dirigente das Finanças da União Europeia, Jean-Claude Juncker.
A decisão foi logo saudada pela Grécia.
Depois de uma videoconferência interministerial, Juncker explicou, em entrevista à imprensa em Bruxelas que "todos os Estados membros (da zona euro) participarão" deste mecanismo de auxílio.
"O total assumido pelos Estados membros no primeiro ano se elevará a 30 bilhões de euros (cerca de 40 bilhões de dólares), uma cifra que deve ser completada e cofinanciada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI)", explicou.
A Grécia passa por uma crise financeira sem precedentes, motivo de grande nervosismo nos mercados.
A agência internacional de classificação financeira Fitch já havia reduzido a nota da dívida a longo prazo da Grécia de "BBB " a "BBB-" em função do aumento do déficit orçamentário enfrentado pelo governo desse país.
A notação representava uma segunda advertência à situação do país membro da Eurozona.
As outras duas grandes agências de classificação de risco, Moody;s e Standard and Poor;s, também rebaixaram a nota da dívida da Grécia de "A1" a "A2" e de "A-" a "BBB ".