Smolensk - O presidente da Polônia, Lech Kaczynski, morreu neste sábado quando o avião em que viajava com 95 pessoas, entre elas sua esposa e os principais comandantes das Forças Armadas, caiu sem deixar sobreviventes perto de Smolensk (oeste da Rússia).
"O avião teria se chocado com árvores, incendiando em seguida", declarou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores polonês, Piotr Paszkowski, ao canal TVN24.
"A bordo viajavam o presidente, a esposa, o chefe do Estado Maior e o vice-ministro das Relações Exteriores, Andrzej Kremer", acrescentou. Entre as vítimas também está o presidente do Banco Central polonês.
Todos se dirigiam a Katyn, perto de Smolensk, para assistir a um ato em homenagem a oficiais poloneses executados há 70 anos pela polícia de Stalin.
Lech Kaczynski, um jurista conservador e católico fervoroso, de 60 anos, havia sido eleito presidente da Polônia em 2005.
O avião em que viajava caiu às 10H50 locais (06H50 GMT) perto de uma pista de pouso situada na periferia da cidade de Pechersk, a alguns quilômetros de Smolensk.
A aterrissagem ocorreu "em condições de névoa espessa", precisou o ministério russo das Relações Exteriores em comunicado.
[SAIBAMAIS]Suspeita-se de que o acidente tenha sido causado por um erro do piloto, informou a agência RIA Novosti, citando fonte das forças de segurança russas.
Segundo a agência Interfax, as autoridades russas propuseram à tripulação polonesa o pouso em Minsk ou em Moscou, devido à névoa, mas o piloto preferiu fazê-lo perto de Smolensk.
O acidente ocorreu quando o piloto tentava aterrissar pela quarta vez, segundo a Interfax.
A televisão russa está divulgando imagens dos restos do avião espalhados por um bosque, podendo-se ver fragmentos em chamas do aparelho.
"Havia a bordo do avião, um Tu-154, 96 pessoas, entre elas 88 membros da delegação polonesa", declarou o porta-voz do ministério russo de Situações de Emergência à agência de notícias Interfax.
O presidente russo, Dimitri Medvedev, ao ser informado da tragédia, enviou para o local o ministro Serguei Choigu.
Medvedev e o primeiro-ministro Vladimir Putin prometeram investigação minuciosa.
A União Europeia, através de sua presidência de turno, a Espanha, expressou "solidaridade" à Polônia.
A chanceler alemã Angela Merkel se declarou "profundamente consternada".