Cerca de 10.000 pessoas continuam desaparecidas quase 15 anos depois do fim da guerra da Bósnia (1992-1995), que deixou um total de 100.000 mortos, afirmou nesta segunda-feira um funcionário do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) em Sarajevo.
O CICV "está disposto a dar continuidade ao trabalho para que se leve luz sobre todas as pessoas desaparecidas" durante o conflito bósnio, declarou o chefe da delegação do comitê na Bósnia, Henry Fournier, citado em comunicado da entidade croato-muçulmana na Bósnia.
"Tratam-se de em torno de 10.000 pessoas cujo destino continua desconhecido e cujos nomes estão na lista (de desaparecidos) da CICV", segundo a mesma fonte.
Fournier atualizou a cifra durante um encontro com o primeiro-ministro da entidade, Mustafa Mujezinovic.
Além disso, pediu um "reforço" do Instituto Bósnio para os Desaparecidos, criado em 2005 e que no futuro substituirá o CICV neste tema e, sobretudo, na tarefa de estabelecer um registro nacional sobre essas pessoas.
Das 40.000 pessoas tidas como desaparecidas nos conflitos da ex-Iugoslávia nos anos 1990, a Bósnia só tinha contado 30.000, segundo a Comissão Internacional para as Pessoas Desaparecidas.