O governo do Paraguai defendeu nesta segunda-feira (5/4) a designação do chanceler Héctor Lacognata como membro do conselho de administração da usina binacional Itaipu, rejeitando críticas da oposição, para a qual a nomeação é inconstitucional.
O tratado de Itaipu "diz claramente que no caso de surgirem problemas e controvérsias, serão designados representantes dos ministérios de Relações Exteriores, que não sejam membros do Conselho", disse o porta-voz presidencial Emilio Camacho, em coletiva de imprensa.
O Brasil incluiu há algumas semanas o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, como membro do Conselho de Itaipu.
"É necessário que o Paraguai mantenha um equilíbrio na mesa de negociações com os brasileiros", disse o chanceler, ao justificar sua designação como contrapartida à de Amorim, e depois de desconsiderar a versão de que a medida seja inconstitucional.
Itaipu, a maior usina hidrelétrica do mundo, fornece energia elétrica a 25% dos usuários brasileiros, especialmente nos estados de Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul.
A oposição paraguaia sustenta que o ministro não pode ocupar outro cargo além do de secretário de Estado, o que iria contra a Constituição do país.